domingo, 12 de junho de 2011

O BANDEPE APÓS A PRIVATIZAÇÃO

Edição 7/2011
Recife, 11 de maio de 2011
O BANDEPE APÓS A PRIVATIZAÇÃO

A aquisição do BANDEPE pelo ABN Amro S/A foi a arrumação perfeita sob a ótica do Banco Central e do Governo FHC. Em 1998 o ABN Adquire o Banco Real S/A do então sócio Aloísio de Faria e posteriormente em uma transação para atenuar os investimentos no Brasil consolida a aquisição do BANDEPE. A solidez da instituição não deixava dúvidas. Com o cartaz de ser o sétimo maior banco do mundo e um dos bancos globais atuando em 75 países os executivos que vieram a Pernambuco não deixavam por menos.

Inicialmente o executivo principal foi o Sr. Carlos Ronaldo funcionário de carreira do Banco Real que teve pouco tempo para se apresentar. A substituição foi pelo Orestes Prado executivo experiente amigo do então Presidente do grupo Fábio Barbosa, ex funcionário do Citibank e então executivo do ABN Amro S/A.  Posteriormente o Sr. Michael C. Helfrich, holandês indicado pelo ABN Amro para comandar as operações no Banco de Pernambuco. A partir de 2001 mais uma mudança assume como Presidente o Sr. Celso Antunes e como vice-presidente o Sr. Domingos Gonçalves.     

A estratégia sempre foi a mesma fortalecer a marca do BANDEPE com um grande investimento em mídia e a consolidação do Espaço Cultural como apelo social para a elite pernambucana passando o Instituto a ser um canal de visibilidade importante para o alcance dos objetivos da instituição.

Foram momentos distintos com os últimos executivos em 2001 o banco passou por uma série de reformas mudou a estrutura física das unidades que passaram a ter grande visibilidade, principalmente, no interior onde os Prefeitos participavam das inaugurações das reformas das agências que sempre culminava com grandes eventos políticos.

Se avaliarmos os desdobramentos das administrações, a de 2001 teve o objetivo de consolidar a marca Bandepe com uma nova roupagem das agências com o intuito de demonstrar à sociedade pernambucana um sentimento de pernambucanidade com vistas a fidelizar os políticos, a sociedade artística e cultural e a sociedade em geral. Naquele momento vários eventos foram patrocinados pelo Instituto Cultural que teve como marco a exposição do Atlas Vingboons, inaugurada pela Rainha Beatrix da Holanda e  o Brasil e os Holandeses com a participação decisiva para a vinda dos quadros de Frans Post, Albert Eckhout e Zacharias Wagener para o Recife. Estas expressões culturais se consolidou como um marketing decisivo para as pretensões do Banco. Pasmem até o Jarbas Vasconcelos então Governador em um desses momentos disponibilizou seu acervo em peças de barro para um dessas exposições.

Todos os eventos sugeridos pelo então Governador seu vice e as representações políticas do legislativo e Judiciário eram bem vindas. E o banco investiu pesado para solidificar a sua relação com os poderes constituídos do Estado.

Todo este investimento na relação institucional foi suficiente para que os poderes, legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas,  Ministério Público e vários municípios mantivessem os seus negócios no BANDEPE, mesmo sem terem participado da licitação em 1998. Tanto a folha de pagamento como as movimentações financeiras foram mantidas no banco privado mesmo indo de encontro a Constituição Federal e a Constituição Estadual. Das Prefeituras a única exceção foi a  Prefeitura do Recife que teve no então Prefeito Roberto Magalhães a decisão firme e correta de no momento da privatização do BANDEPE, transferir todos os seus negócios para um banco oficial no caso o Banco do Brasil, conforme exige a lei.






      




        
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